Alex Ferguson anunciou aposentadoria na manhã desta quarta-feira, e os rumores sobre seu sucessor no Manchester United já começaram imediatamente. Na lista, há dois nomes com muita força: o português José Mourinho, que estaria de saída do Real Madrid, e o escocês David Moyes, compatriota de Ferguson e atualmente no Everton.
Os dois comandantes, porém, possuem características muito diferentes. David Moyes é quase como um ‘mini-Ferguson’. Com muito menos glamour que o compatriota, Moyes está no Everton desde 2002 e vem reconstruindo a equipe. O problema é que ele não tem nenhum título de elite em mais de 15 anos de carreira como treinador.
Moyes estreou como técnico em 1998 no Preston North End. Em quatro temporadas no clube, teve o acesso da terceira para a segunda divisão inglesa como o seu grande feito. Assumiu o Everton nos últimos 9 jogos da temporada 2001-2002 e chegou conseguindo evitar o rebaixamento da equipe.
Nas dez temporadas seguintes, conseguiu manter quase sempre o Everton na metade superior da tabela – só terminou abaixo do décimo lugar por duas vezes (17º em 2004 e 11º em 2006). Em 2005, até colocou a equipe na Champions League – ainda classificou o time três vezes para a Copa da Uefa/Europa League.
Na atual Premier League, o Everton é o sexto colocado, mas já não tem grandes chances de conseguir uma vaga em competições europeias da próxima temporada. Mesmo assim, Moyes segue com muito prestígio e deve terminar mais uma vez a frente do arquirrival Liverpool.
Já José Mourinho tem um perfil completamente diferente. O comandante foi a grandes estrelas pelas seis equipes que passou na carreira e acumula títulos. Já são sete campeonatos nacionais em quatro países diferentes e duas taças de Champions League no seu currículo.
O grande problema de Mourinho, porém, é o seu temperamento. O português estaria de saída do Real Madrid após ter uma temporada muito conturbada, com direito a Iker Casillas, grande ídolo merengue, sendo colocado no banco de reservas.
Segundo a imprensa inglesa já especulava, Ferguson sempre quis que seu sucessor fosse um grande treinador e sempre viu em Mourinho uma possibilidade. O único temor é que o português se torne maior que o próprio Manchester United e atrapalhe o sucesso do clube.
Para Mourinho, a oportunidade de dirigir o United poderia cair perfeitamente neste momento. O português nunca escondeu o seu sonho de voltar à Inglaterra, onde dirigiu com muito sucesso o Chelsea, e também nunca escondeu o sonho de comandar o próprio Manchester United.
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